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Exercício Físico Pós-infarto

O exercício físico supervisionado é altamente recomendado para o processo de reabilitação cardiovascular, com benefícios para o tratamento de longo prazo e para a qualidade de vida do paciente.
 
     Até os anos 70 recomendava-se repouso de três semanas aos pacientes que se recuperavam de um infarto agudo, com base no conceito de que tal repouso facilitaria o processo de cicatrização do miocárdio. Entretanto, hoje a Medicina sabe que o exercício físico supervisionado é altamente recomendado para o processo de reabilitação cardiovascular, com benefícios para o tratamento de longo prazo e para a qualidade de vida do paciente.

     “O exercício físico pode aumentar a capacidade de função cardiovascular e diminuir a demanda de oxigênio do miocárdico para um determinado nível de atividade física” explica a médica geriatra Janise Lana Leite (CRM 126.876), da Academia Estação do Exercício – especializada em musculação para idosos e grupos especiais.

     Normalmente os médicos dividem o processo de reabilitação cardiovascular em 4 fases, sendo que a primeira, chamada fase 1, vai da ocorrência do infarto até a alta hospitalar. As fase 2 e 3 tem duração de 3 a 6 meses e tem como objetivo possibilitar a pessoa voltar a sua vida social e laboral e adotar um estilo de vida saudável. A fase 4 compreende a manutenção dos exercícios e hábitos por toda a vida.

     Dra. Janise explica que a atividade física inserida no processo de reabilitação na fase aguda do infarto objetiva reduzir os efeitos negativos do prolongado repouso no leito, o controle das alterações psicológicas e a redução da permanência hospitalar. “Além disso, no longo prazo, o exercício pode ajudar a controlar o hábito de fumar, a hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes mellitus, obesidade e a tensão emocional” afirma a médica.

     De acordo com o professor de educação física Carlos A. Silva, diretor da Estação do Exercício, “há evidências de que o exercício físico realizado por longos períodos possa influenciar na prevenção da aterosclerose e na redução de eventos coronários”. Contudo, “é fundamental que a atividade física seja supervisionada e orientada por um profissional qualificado, preparado para lidar com pacientes em processo de reabilitação cardiovascular” orienta o professor. 

     “Para cada fase, os profissionais de saúde deverão prescrever as atividades mais adequadas. Além disso, cada indivíduo é único em sua condição de saúde, que deve ser vista como um todo.” explica a Dra. Janise. “Na Academia Estação do Exercício, a equipe médica trabalha alinhada com o cardiologista do paciente, determinando em conjunto o treino mais adequado em cada caso. É esta interação médica que garantirá os melhores resultados para o aluno-paciente” conclui.
 

 
Fonte: Segs

A Fisioterapia na Hemofilia

A Fisioterapia pode mudar a vida do hemofílico
 
     A Hemofilia é caracterizada pela desordem no mecanismo de coagulação do sangue. A doença é considerada como genética/ hereditária, ocorrendo quase exclusivamente no sexo masculino. Ela pode ser classificada como grave, moderada e leve, podendo passar despercebida até a idade adulta. As mulheres são portadoras da doença, no entanto, em geral, não desenvolvem a hemofilia, sendo responsáveis somente pela transmissão aos filhos do sexo masculino.
 
     O diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue e os sintomas variam, de acordo com o grau da doença. Nos quadros graves, as hemorragias são intramusculares e intra-articulares, desgastando primeiro as cartilagens e provocando, depois, lesões ósseas. Esse processo gera dores fortes, aumento da temperatura e restrição de movimento. Já nos casos leves os sintomas se manifestam em situações como cirurgias, extração de dentes e traumas.
 
     Após tratamento com anti-hemofílico e dada as orientações do médico, o paciente é encaminhado para fisioterapia, a fim de reforçar a musculatura e promover estabilidade articular, uma vez que as articulações mais comprometidas são os joelhos, tornozelos e cotovelos.
 
     A fisioterapia é um recurso fundamental na atenção global ao hemofílico. É cientificamente comprovado que um melhor condicionamento muscular diminui a freqüência e a intensidade das hemorragias, protegendo as articulações dos danos que podem ser causados por elas, além de reabilitar os prejuízos que já foram feitos pela doença.
 
     O diagnóstico precoce ajuda a evitar diversas seqüelas, por isso, atente-se aos sintomas e siga as orientações dos profissionais da área da saúde:
* Os pais devem procurar assistência médica se o filho apresentar sangramentos frequentes e desproporcionais ao tamanho do trauma;
* Manchas roxas que aparecem no bebê, quando bate nas grades do berço, podem ser um sinal de alerta para diagnóstico da hemofilia;
* A prática regular de exercícios que fortaleçam a musculatura é fundamental para os hemofílicos. No entanto, esportes como judô, rúgbi e futebol são desaconselhados;
* Episódios de sangramento devem receber tratamento o mais depressa possível para evitar as sequelas musculares e articulares causadas pela hemorragia.
 
 
Fonte: Clínica Reacciona